Acordei
encarei o espelho
Que horror!
Assombrei-me no que vi
Eram marcas do tempo mais me reconheci...
Procurei despir-me do que vi
Engoli as lágrimas tentei sorri
Que importa ser assim por fora
Se beleza esbanjo de dentro...
Que posso eu fazer
Com o tempo que passa
A vida acalentada
Nas horas adormecidas...
Apagar o tempo
Como um borrão de tinta
Diante do olhar da vida
Que na tela me pinta...
Sofrer se os anos escapam
Pelas enxurradas da vida
Pelas noites de insônia
Sem retorno da ida...
Perder
minha calma
Com a imagem distorcida
Com a lágrima que rolou
Diante o tempo que passou...
Quebrarei os espelhos
Serei como a natureza e brotarei
Quantas vidas vierem
Para ela voltarei...
Não será tu ó tempo
Que apague meu sorriso
E proíba meu alvorecer
Renovarei
a cada amanhecer...
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